A série foi criada por Sidney Sheldon na década de 1960, com o título de “Double Twist”. O projeto foi desenvolvido pela Screem Gems, que na época era comandada por Leonard Goldberg. Oferecido para a rede CBS, esta o recusou. Na década seguinte, Goldberg se tornou sócio de Aaron Spelling na produção de séries. Quando os dois começaram a buscar um projeto que fosse uma versão moderna de “Thin Man/A Ceia dos Acusados”, Goldberg se lembrou do roteiro de Sheldon. O problema é que o escritor, agora famoso, estava sem tempo para se dedicar ao projeto; assim, os produtores contrataram Tom Mankiewicz para atualizar o roteiro e dirigir o episódio piloto.
Desde o começo Spelling queria Robert Wagner e Natalie Wood nos papeis de Jonathan e Jennifer Hart. Mas Natalie, esposa de Robert na vida real, não estava disponível para estrelar uma série de TV (ela chegou a fazer uma ponta no episódio piloto). Assim, os produtores iniciaram a busca por uma atriz. Foi então que Robert sugeriu o nome de sua amiga Stefanie Powers (A Garota da UNCLE), com quem já trabalhara em episódios de “O Rei dos Ladrões”. Stefanie tinha recém estrelado a série “Contragolpe/The Feather and Feather Gang”, cancelada com apenas uma temporada, em 1977.
A escolha dos atores não teria agradado o canal ABC, que tentou trocá-los por pessoas mais jovens. Segundo Spelling em sua autobiografia, depois do sucesso de “As Panteras” a ABC só queria saber de atores que seguissem essa linha (jovens e belos). Por ser um nome famoso, Robert Wagner não chegou a ter problemas, mas, para os executivos da ABC, Stefanie não era jovem e bonita o suficiente.
No elenco fixo também estava o ator Lionel Stander, outro amigo de Robert, com quem ele trabalhara em “O Rei dos Ladrões”. Na época, Stander morava na Europa, para onde se mudara em 1964 depois de ter seu nome incluído na lista negra do Comitê de Ações Anti-Americanas. Após 15 anos vivendo na Europa, Stander voltou para os EUA para interpretar Max, o chofer e faz-tudo dos Hart.
Ao longo de cinco temporadas e 110 episódios, “Casal 20″ foi um sucesso de público, registrando a média de 15 a 17 milhões de telespectadores por temporada. Ainda assim, nunca chegou entre as 10 maiores audiências de sua época. O constante interesse do público pela série, graças às suas reprises, levou à produção de oito telefilmes entre 1993 e 1996.
No Brasil, a série foi exibida inicialmente pela TV Globo, ganhando uma legião de fãs. Um dos ingredientes que contribuíram com o sucesso da produção por aqui foi sua dublagem, feita por André Filho (já falecido) e Juraciara Diácovo (que também dublou Dana Scully, em “Arquivo X”). A voz de Max foi feita por Orlando Drummond.
As duas primeiras temporadas já foram lançadas em DVD pela Sony, que ficou devendo as três últimas. Nos EUA, a distribuidora também não disponibilizou as demais temporadas, apenas os telefilmes.
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